sábado, 1 de agosto de 2009

Filme: "O Contador de Histórias"

Se os únicos Robertos Carlos que você conhece são o Rei deDetalhes e o jogador que ajeitava as meias enquanto a França eliminava o Brasil na Copa do Mundo, está na hora de acrescentar mais um homônimo na sua lista: o mineiro Roberto Carlos Ramos, um dos dez maiores contadores de histórias no mundo. Ele ganha seu primeiro retrato ficcional em "O Contador de Histórias".
Um pé no realismo, outro na imaginação. Passando de um lado para o outro da linha, o filme, que começa no ano de 1978, conta a história de Roberto da infância à adolescência, período em que ele ficou internado na recém-criada Febem. O ponto de mudança em sua vida é o aparecimento da pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros), que abandona sua função profissional e ocupa o papel de mãe na vida do garoto.
É um filme carinhoso, que tem seus melhores momentos quando parte para a alegoria e o lúdico. Qual é a primeira impressão de um menino prestes a entrar numa prisão para crianças? E a professora de educação física, que mais se parece com um hipopótamo? E o furto com a turma, cuja estratégia ele desenha como um time de futebol em ação, com centroavante e tudo? Qual a história fantástica, engraçada e mentirosa que ele vai contar para explicar a internação? O lúdico para explicar a dor.
Outro ponto do filme dirigido por Luiz Villaça (Cristina Quer Casar) é a relação de amizade e confiança que gradativamente surge entre Roberto Carlos e Margherit, que mais se parece uma Amélie Poulain made in Belo Horizonte. Tom dado tanto pela boa interpretação de Maria de Medeiros, de Marco Ribeiro e Paulinho Medeiros, que interpretaram o protagonista aos 6 e 13 anos, respectivamente.
Se você conhece minimamente a trajetória de Roberto (“Robertô” no sotaque francês de Margherit), egresso da Febem eleito em 2001, nos Estados Unidos, um dos maiores contadores de história do mundo, o filme não guarda segredos. Ainda mais porque ele mesmo narra, em off, sua própria vida.
O Contador de Histórias, que tem a produção de Denise Fraga e Francisco Ramalho Jr., não é um filme para chacoalhar o cinema nacional. Não quer, e nem tenta, reinventar a roda. Um filme comportado, mas simpático.

2 comentários:

  1. oooi ;) Bom sou nova nesse mundo dos ' blogs ' e adoraria receber você no meu blog ;) adorei o seu,está de parabéns,um grande beijo ;*

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  2. Olá, L. Fernando!!Menino, como é que vc arruma tempo pra administrar um blog!? Tá de parabéns com tanta coisa informativa!! Eu tenho o livro do R. Carlos, e realmente a história dele é muito forte e nos deixa confiantes de que nem tudo está perdido neste mundo cheio de contradições. Bjs da prima Lucimara.

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