Um pé no realismo, outro na imaginação. Passando de um lado para o outro da linha, o filme, que começa no ano de 1978, conta a história de Roberto da infância à adolescência, período em que ele ficou internado na recém-criada Febem. O ponto de mudança em sua vida é o aparecimento da pedagoga francesa Margherit (Maria de Medeiros), que abandona sua função profissional e ocupa o papel de mãe na vida do garoto.
É um filme carinhoso, que tem seus melhores momentos quando parte para a alegoria e o lúdico. Qual é a primeira impressão de um menino prestes a entrar numa prisão para crianças? E a professora de educação física, que mais se parece com um hipopótamo? E o furto com a turma, cuja estratégia ele desenha como um time de futebol em ação, com centroavante e tudo? Qual a história fantástica, engraçada e mentirosa que ele vai contar para explicar a internação? O lúdico para explicar a dor.
Outro ponto do filme dirigido por Luiz Villaça (Cristina Quer Casar) é a relação de amizade e confiança que gradativamente surge entre Roberto Carlos e Margherit, que mais se parece uma Amélie Poulain made in Belo Horizonte. Tom dado tanto pela boa interpretação de Maria de Medeiros, de Marco Ribeiro e Paulinho Medeiros, que interpretaram o protagonista aos 6 e 13 anos, respectivamente.
Se você conhece minimamente a trajetória de Roberto (“Robertô” no sotaque francês de Margherit), egresso da Febem eleito em 2001, nos Estados Unidos, um dos maiores contadores de história do mundo, o filme não guarda segredos. Ainda mais porque ele mesmo narra, em off, sua própria vida.
O Contador de Histórias, que tem a produção de Denise Fraga e Francisco Ramalho Jr., não é um filme para chacoalhar o cinema nacional. Não quer, e nem tenta, reinventar a roda. Um filme comportado, mas simpático.
oooi ;) Bom sou nova nesse mundo dos ' blogs ' e adoraria receber você no meu blog ;) adorei o seu,está de parabéns,um grande beijo ;*
ResponderExcluirOlá, L. Fernando!!Menino, como é que vc arruma tempo pra administrar um blog!? Tá de parabéns com tanta coisa informativa!! Eu tenho o livro do R. Carlos, e realmente a história dele é muito forte e nos deixa confiantes de que nem tudo está perdido neste mundo cheio de contradições. Bjs da prima Lucimara.
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